domingo, 26 de setembro de 2010

Realität **

Bela, Bela era assim, não acreditava no real, pois ela era quem o criava.
Acordou envolta por panos, e o pano tocava com calmaria a pele.
A cama macia, ainda guardava o calor de seu corpo, e não se sabia o que era lençol e o que sua pele, pois era porcelana em vida, ou a porcelana, ela em morte, e as flores roubavam de si os mais belos perfumes, ou, por sua graciosidade, doava as flores parte de sua beleza. E no revelar do quarto, sabia-se, apenas, que era o cobre de seu cabelo que a tornava viva.
O musgo de seus olhos penetrava para além da janela. Aquela vasta porta, que a ligava ao mundo natural.
O dia nublado (e era assim que ela gostava)
E as nuvens lhe davam bom dia, respigando o domingo sobre a terra sedenta por descanso, por água, por vida, por terra.
O vento entrava por alguma fresta, e fazia os pelos de seu corpo se levantarem, ela fechou os olhos, e lembrou que sempre pensava nele como o vento... A ele, sempre quisera perguntar, se não ter rotina poderia ser considerado uma rotina...
E a chuva a fazia se perguntar: (e dessa vez, os olhos eram oceanos).
- Será tudo real?
Mas.. Será o real, real?
Bela, Bela era assim, não acreditava no real, pois era ele quem a criava.







**Realität = realidade em alemão

sábado, 18 de setembro de 2010

Ah, chuva, deixa eu te falar uma coisa...
Você não faz idéia de como meu corpo sentiu a sua falta...


sábado, 4 de setembro de 2010

Pessoa

Conjuro-vos, acalentas minha ausência
Antes que dela tudo esqueças
E torne-me menos que uma lembrança
O ar, que ao morto em vão dança

Toco o que de ti fui tocada
Na fútil esperança, de amar e ser amada
E digo-vos mais além
Que não queres amar, queres apenas ser amado por alguém

E todo esse vai e vem
De versos e sincronia
Fazes a ti pensar
Que poema é melodia

Mas não o é
Se o coração não toca
É como o vento
Que em vão da rocha brota

Conjuro-vos, acalentas minha presença
Antes que dela tudo esqueças
E torne-me menos que uma lembrança
A beleza da flor, que ao morto em vão dança


Maria Luísa Couto Marcondes.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A respeito dos olhos esmeraldas bordados à raios de sol, digo


- Moça, você enxerga tudo verde?
- Oi?
- Eu perguntei, se a senhora enxerga tudo verde!
- Ah! Eu enxergo sim
- NOoOoosSssAA!

"Desfrute da inocência dos poucos, antes que tornem-se os muitos!"













Ps. perdoem a minha preguiça para escrever algo melhor, e preguiça de terminar o desenho... (acho q se vc clicar na imagem, vc verá melhor o desenho =])

E se a singelez da margarida for melhor que a sedução da rosa? (Frase Rodrigo; Desenho Maria Luiza

E se a singelez da margarida for melhor que a sedução da rosa? (Frase Rodrigo; Desenho Maria Luiza
Clique na imagem e conheça meu diário de sonhos